
Em Moscou, e depois em Varsóvia, a cada nova visita realizada eu me lembrava do Brasil. Impossível não comparar o modo de vida e de trabalhar da gente com o deles. Aprendemos com as diferenças que nos separam e nos surpreendemos com mais semelhanças do que poderíamos imaginar há entre brasileiros, poloneses e russos – na maneira de trabalhar, de viver e de consumir. Somos, afinal, filhos do mesmo planeta azul.
Houvesse vida na Lua e alguém de lá que a visse em noite de quarto minguante se espantaria: a Lua é branca – e recortada. Como se um filho do astro solar baixasse à Terra em pleno meio dia diria: o Sol é laranja, às vezes vermelho, e parece prestes a explodir.
A qualquer um dos 30 empresários e executivos da cadeia de abastecimento que compuseram a delegação brasileira na VTI ao Leste Europeu que perguntassem que cor de Brasil conseguiram distinguir à distância, diriam que é verde. Da cor da esperança.
Ver o nosso País estando em outro coloca em perspectiva o peso que ele tem na comparação com os demais. Certamente, aprendemos muito nessa viagem. Mas a julgar pelo número de perguntas que os tradutores nos fizeram, em nome dos dirigentes das empresas que visitamos na Polônia e na Rússia, todos querem é mesmo saber como deixamos de ser o país do futuro para virar a bola da vez.